HOSPITAL INAUGURA EXPANSÃO DO CENTRO DE IMAGEM

Espaço receberá aparelho de ressonância magnética.

Uma breve cerimônia realizada na tarde do sábado (5) marcou a inauguração da Expansão do Centro de Imagem Silveira Ramos, no Hospital São Judas Tadeu, em Oliveira. O espaço foi preparado para receber o aparelho de ressonância magnética a ser instalado nos próximos três meses, com status de referência no Centro Oeste de Minas. Placa alusiva ao ato foi descerrada pelos irmãos Ariosto e Demóstenes da Silveira, que também cortaram a fita simbólica, abrindo o espaço ao público.

A obra, que deu sequência à primeira parte inaugurada em 18 de maio deste ano, só se tornou possível graças à doação de R$ 828 mil reais feita por Ariosto da Silveira, em nome do casal Elizabeth e Manoel, ambos já falecidos, que haviam deixado essa quantia a ele. “Devo afirmar que fui um mero instrumento em todo o processo, pois tinha a certeza de que essa era a vontade do casal que deixou o dinheiro”, revelou.

Membro da junta interventora que administra o hospital, Antônio César Vieites abriu o evento, destacando que os recursos vieram de pessoas físicas, gente de Oliveira que se mudou da cidade e que agora volta para ajudar. “Dinheiro que daria para viajar pelo mundo todo, mas cujos donos preferiram aplicá-lo em algo útil à sociedade” apontou o interventor, elogiando a nobreza do gesto, que deve servir de exemplo ao Brasil.

Visivelmente emocionado, Ariosto agradeceu aos presentes e a Deus, por ter dado a ele a graça de participar de uma obra de tamanho alcance social. Ele lembrou um pouco da história de Elizabeth em Oliveira, onde trabalhou ainda quase adolescente como professora de francês, lecionando no ginásio Pinheiro Campos.

A prefeita Cristine Lasmar (MDB) agradeceu a Ariosto, em memória de Elisabeth e Manoel, pela parceria que resultou na obra, para ela uma verdadeira bênção para o hospital, algo que virá em benefício do povo de Oliveira e de cidades visinhas.

O secretário municipal da Saúde, Lucas Lasmar, enalteceu o gesto de Elizabeth e Manoel. Ele destacou as ações de grandeza do ser humano, especialmente no mundo atual, marcado pelo capitalismo individualista, onde muitas pessoas se curvam a esse pecado, se esquecendo do coletivo.

Argumentou que os doadores vieram no momento certo de crescimento do hospital, fazendo uma vultosa doação em dinheiro, com a qual foi possível a ampliação do centro para receber o serviço de ressonância magnética que estará salvando vidas, algo que não se pode mensurar ou agradecer. De acordo com ele, a intenção é transformar o hospital no maior do Centro Oeste de Minas. Lucas adiantou que, em breve, o hospital poderá estar fazendo cirurgia cardíaca pelo SUS, sendo esse o grande desafio de sua pasta, juntamente com o aumento do número de leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI).

O vice-prefeito Chicre José Abud Neto lembrou a primeira junta interventora do hospital, da qual fez parte e que, ao assumir, encontrou apenas um aparelho de Raio X quebrado. “Agora já caminha para fazer cirurgia cardíaca, com a ajuda de pessoas como Ariosto e sua família. Sinto-me emocionado por ter participado um pouco disso”, concluiu.

O administrador do hospital, Ramon Gonçalves, entregou a Ariosto e ao seu irmão uma pequena lembrança da data e um envelope com a prestação de contas da obra, revelando o valor total doado (R$ 828 mil), montante que proporcionou a construção de 677 metros quadrados de área, compreendidos por uma cozinha, refeitório e vestiário, já inaugurados, e a ampliação do Centro de Imagem, com custo médio de R$ 1.250,00 por metro quadrado. E agradeceu aos profissionais que trabalharam na obra que durou 11 meses, cumprindo rigorosamente os prazos.

Ariosto fez questão de destacar o nível de precisão e detalhamento das prestações de contas, informando que tal rigor com os gastos fez com que os recursos se multiplicassem, conseguindo-se algo que de outra forma não seria possível.

O cidadão oliveirense Hamilton Machado lembrou o tempo em que, como um dos quatro primeiros alunos do curso científico do Ginásio Pinheiro Campos, teve Elizabeth como professora de francês, cujo gesto em favor do hospital não havia como agradecer.

A senhora Maria Angélica Silveira disse que o significativo gesto dará alívio a muitos pacientes, que não mais terão de se deslocar para outras cidades a fim de se submeterem a exames de imagem, com economia de tempo e dinheiro. Lembrou ter convido de perto com a família, de quem foi visinha em Oliveira durante sua infância e adolescência. E concluiu com o verso: “Fica sempre um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas e sabem ser generosas.”

Créditos: Jornal Gazeta de Minas

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