Aparelho que custou R$ 3 milhões consolida excelência e força do hospital de Oliveira.
O Hospital São Judas Tadeu (HSJT) iniciou na terça-feira (23) a realização dos exames de ressonância magnética em pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios médicos e particulares. A sala de exames onde está instalado o aparelho foi inaugurada no dia 21 de maio, porém foi necessário um período de aproximadamente 30 dias para calibração do equipamento, que é feita em etapas. Cerca de 40 pessoas saíam de Oliveira todos os meses para realizar o exame em outras cidades.
Segundo o administrador do hospital, Ramon Alves Gonçalves, por sua complexidade, o aparelho exige um tempo maior para entrar em funcionamento. Ele explicou que o processo exige o isolamento do local por até cinco dias durante os intervalos das etapas de estabilização do campo magnético, configuração das 18 bobinas e treinamento da equipe. De acordo com o administrador, com o início do funcionamento do equipamento começaram a ser feitos os exames em cerca de 20 pacientes do SUS encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde e que aguardavam pelo procedimento. Na terça-feira quatro deles foram atendidos.
A Secretaria de Saúde possui uma cota de 150 exames por ano. Para conseguir o atendimento essas pessoas devem fazer a marcação na própria Secretaria. O exame também é realizado em pacientes do SUS internados ou atendidos no hospital e no Pronto Atendimento Municipal, dos diversos convênios mantidos com a instituição e particulares. Os exames são realizados por uma equipe composta pelo médico Lucas Pinheiro e profissionais de diferentes áreas.
O aparelho instalado no São Judas Tadeu custou R$ 3 milhões, obtidos por meio do deputado estadual Sávio Souza Cruz (MDB), quando ele ocupou o cargo de Secretário de Estado de Saúde. Para a instalação do equipamento, o hospital ainda investiu cerca de R$ 1 milhão na construção e montagem da sala de exame, que possui isolamento de campo magnético, e na aquisição de um novo transformador de energia elétrica. A construção utilizou recursos próprios do hospital e uma doação no valor de R$ 828 mil, feita pelo casal Elizabeth Maria da Silveira Ramos e Manoel Soares Ramos, ambos falecidos.
O secretário municipal de Saúde, Lucas Lasmar, observou que a implantação da ressonância magnética consolida o hospital de Oliveira como um dos melhores do estado de Minas Gerais, salientando que são raras as unidades hospitalares que oferecem esse tipo de exame pelo SUS. Lasmar disse ainda que ressonância magnética é uma grande aliada na detecção do câncer, utilizada também no diagnóstico de outras doenças ortopédicas, cardíacas, neurológicas e outras. O equipamento oferece um ganho importante para o HSJT, sobretudo na área de neurocirurgia de alta complexidade, uma das que possui maior demanda por esse tipo de exame, e ortopedia, especialmente nos casos de lesões de joelho e tornozelo.