Para Luiz Venâncio, exame foi o divisor de águas para diagnóstico.
A realização de exames de ressonância magnética no Hospital São Judas Tadeu tem sido de fundamental importância para o diagnóstico de diversos tipos de doenças, algumas delas raras, em pacientes atendidos na instituição. Um dos casos mais recentes foi de um homem de 26 anos, residente em Santo Antônio do Amparo, que pôde ser bem avaliado e tratado graças ao novo aparelho já em operação. Depois de oito dias internado no CTI e enfermaria, ele está recuperado e hoje leva uma vida normal.
De acordo com o médico Luiz Venâncio Duarte Fonseca, neurocirurgião e neurointervencionista que atende no hospital de Oliveira, no dia 12 de julho o paciente começou a sentir dores de cabeça de forte intensidade, segundo ele fora do normal, quando estava em sua residência. Mesmo com uso de medicamentos considerados padrão, o paciente não apresentava melhoras. Dois dias depois, além das fortes dores, ele começou a apresentar um déficit motor, com fraqueza no lado esquerdo do corpo e alteração na fala, o que demonstrava sensível piora no quadro neurológico.
Esse agravamento do quadro chamou a atenção dos seus pais, que o conduziram até um serviço médico em Santo Antônio do Amparo, de onde foi transferido para o São Judas Tadeu, detentor de melhores recursos para a especialidade. Luiz Venâncio informou que diante da condição e da idade do paciente, foi solicitado por ele a realização de um exame de imagem, no caso a tomografia, que revelou a ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Diante do resultado, o médico decidiu aprofundar a investigação, uma vez que nessa idade não é comum esse tipo de doença.
Com a participação de outros especialistas da equipe da qual ele faz parte, solicitou então a realização da ressonância, um exame complementar da parte neurológica que representa um importante recurso para casos mais delicados. O exame mostrou, então, que o paciente tinha um problema grave, um AVC causado por uma trombose venosa cerebral e provocado pelo fechamento de várias veias do cérebro, o que impedia a passagem do sangue. O médico explicou que o diagnóstico rápido e preciso permitiu o início do tratamento num estágio que possibilitou sua recuperação.
Luiz Venâncio informou que durante o período de tratamento o paciente teve algumas intercorrências pela gravidade da doença, entre elas convulsões. No entanto, pelo diagnóstico rápido e pelo tratamento precoce, o jovem teve uma excelente evolução e hoje leva uma vida normal.
Na avaliação do neurocirurgião, a ressonância magnética foi o divisor de águas para a boa evolução do caso. Caso o exame não fosse realizado em Oliveira, o paciente dependeria de transferência para outra cidade, retardando o diagnóstico e comprometendo o início do tratamento, o que pode provocar sequelas e até a morte. O administrador do hospital, Ramon Alves Gonçalves, destacou a importância da instalação do equipamento, agradecendo o empenho do deputado estadual Sávio Souza Cruz (MDB), do ex-vice-prefeito de Oliveira e ex-secretário de estado da Saúde, Nalton Moreira da Cruz, e demais autoridades para a obtenção do equipamento.