Instituição apresenta baixo índice de óbitos e eficiência no tratamento
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março deste ano, até o dia 29 de setembro, o Hospital São Judas Tadeujá havia feito 106 internações de pacientes afetados pela Covid-19, oriundos de vários municípios da microrregião e de outras cidades do Sul e Centro Oeste de Minas Gerais. Durante esse período foram registrados apenas 6 óbitos, número abaixo da média regional.
A primeira internação ocorreu no dia 04 de junho, quando o hospital já havia concluído a fase de estruturação e aparelhamento, iniciando os atendimentos na enfermaria e no CTI exclusivos de Covid-19. Desde então ocorreram seis internações de pacientes de Campo Belo; uma internação de Bom Despacho; três de Carmo da Mata; vinte e uma de Carmópolis de Minas; vinte e cinco de Cláudio; uma internação de paciente de Cristais; uma de Divinópolis; vinte e duas de Oliveira; dez de Passa Tempo; uma de Pitangui; sete de Santo Antônio do Amparo; seis de São Francisco de Paula e uma de São Paulo.
O médico Ricardo Aguiar Silva, que trabalha com urgência e emergência e coordena o Pronto Atendimento Municipal, lembrou que o bom nível de isolamento social mantido pela população no início da pandemia, deu tempo para que o hospital pudesse se preparar e aprender bastante sobre a infecção, garantindo que os pacientes de Oliveira fossem tratados aqui mesmo, evitando a demora no atendimento e os deslocamentos para outras cidades, que afetam o tratamento, em vista da rápida progressão da doença.
Além da estrutura, o médico destacou a importantíssima interação entre as equipes que atuam tanto na enfermaria como no CTI e o grande envolvimento de todos os profissionais, responsáveis pelo sucesso do sistema, facilitando a indicação precoce de pacientes para o CTI, fruto de uma avaliação ininterrupta e tomada de decisões no tempo certo, antecipando-se à rápida deterioração do estado geral do enfermo. Ele também ressaltou que neste momento o hospital já consegue dar apoio também a outras cidades, cujos níveis de infecção e ocupação de leitos são maiores que os de Oliveira, como é o caso de Campo Belo.
Ricardo fez questão de destacar a ótima qualidade do trabalho das equipes, especialmente dos médicos Wanderlan Sambuc Filho, Renata Alves, Guilherme Henrique Santos e Sabrina Borges Nunes Barros, que se dedicam inteiramente ao trabalho, contribuindo de maneira decisiva para a excelência do serviço prestado.
Ricardo orientou a população, entretanto, a continuar com todos os cuidados de proteção contra a Covid-19, incluindo o distanciamento social, as orientações do comitê, o uso de máscaras e a higienização das mãos, evitando, ainda, as aglomerações, pois isso só faz aumentar o número de casos e os índices de ocupação do CTI. “Oliveira está indo bem, mas não podemos baixar a guarda”, exortou o médico.