HOSPITAL DE OLIVEIRA TERÁ ATENDIMENTO MISTO

Pacientes de covid-19 terão acesso e espaço separados

Novo setor deve estar pronto no início do mês de junho.

Terminou em acordo a “queda de braço” travada entre Oliveira e a Secretaria de Estado da Saúde, pela utilização do Hospital São Judas Tadeu no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus (covid-19). A instituição vai adotar o formato misto, ou seja: continuará atendendo os pacientes em geral, abrindo uma nova clínica para recepção exclusiva dos infectados pela nova doença.

Para tanto já está sendo executado um projeto de ampliação, criando uma nova ala no andar superior do Pronto Atendimento Municipal (PAM), onde serão instalados 40 leitos de enfermaria. As obras de adequação estão sendo realizadas em ritmo acelerado, para que estejam concluídas no início do mês de junho.

Nessa quarta-feira (13) a prefeita Cristine Lasmar (MDB) e o secretário municipal de Saúde, Lucas Lasmar, estiveram no local para acompanhar os trabalhos, em companhia do administrador da instituição, Ramon Alves Gonçalves. A Prefeitura anunciou repasse de R$ 250 mil da Prefeitura destinados à ampliação.

Ramon Gonçalves informou que o acréscimo de leitos já representava um antigo projeto da instituição. Para sua implantação foi necessária uma preparação dos serviços de apoio, como a construção de uma nova cozinha, nova central de esterilização, ampliação de bloco cirúrgico e criação do centro de imagem, obras que já estão prontas, equipadas e funcionando. O administrador esclareceu que esses serviços foram dimensionados para atender uma estrutura de 400 leitos, capacidade bem maior que os 87 hoje instalados.

O projeto original de expansão previa a criação de dez leitos de CTI e 20 de clínica no andar superior do PAM, espaço que está sendo incorporado ao patrimônio do hospital, conforme contrato estabelecido com a Prefeitura à época de sua construção. Em razão da pandemia do novo coronavírus, foi feita uma alteração no projeto para a criação de 40 leitos de clínica. O administrador esclareceu que para melhor aproveitamento do espaço não serão construídas as divisórias da enfermaria, o que só deverá ocorrer após o fim da pandemia, quando também serão criados os novos leitos de CTI.

Além da enfermaria, o novo espaço também contará com estrutura de apoio, como farmácia, sala de enfermagem e conforto médico, entre outros setores. Para a criação da enfermaria, a Prefeitura está realocando os serviços que funcionavam no andar superior do PAM: laboratório de análises clínicas, consultórios médicos e o Centro de Saúde da Criança e da Mulher, transferido para o centro de especialidades, no Bairro Aparecida. Segundo Ramon Gonçalves, a enfermaria terá funcionamento distinto do restante do hospital, com funcionários e médicos exclusivos para o setor. O local terá também acessos separados, um deles pela portaria do prédio, já existente.

O hospital também já está adquirindo os equipamentos necessários para o funcionamento da nova enfermaria. Na próxima semana serão entregues 20 camas e o restante do material deverá chegar à unidade nos próximos dias. A compra dos equipamentos está sendo feita com recursos próprios do hospital, que já investiu mais de R$ 400 mil para equipar o setor. O administrador destacou a ajuda da Câmara Municipal, que repassou R$ 65 mil para a entidade, do senador Carlos Viana (PSD), que conseguiu verba de R$ 40 mil, além de R$ 15 mil arrecadados por meio de uma rifa de um ovo de páscoa doado pela loja Cacau Show. O São Judas Tadeu adquiriu, ainda, uma cápsula pressurizada para deslocamentos internos de pacientes.

Totalmente bancado pelo governo estadual, o atendimento ao coronavírus deverá ser, também, importante fonte de receita para o hospital de Oliveira, equilibrando suas finanças, já afetadas pela crise sanitária.

 

Créditos: Jornal Gazeta de Minas

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